Poucas pessoas sabem, mas sou apaixonada por escrever desde pequena. Acontece que, chegando à vida adulta, eu não conseguia mais criar histórias. Nunca parei de escrever, mas meus textos sempre foram baseados em experiências reais, nada que exigisse muito da minha criatividade.
Aos poucos, esse bloqueio criativo começou a me incomodar e então, depois de meses olhando para uma tela em branco, Roube Como Um Artista caiu em minhas mãos. Sou uma usuária assídua do Snapchat e minha pasta de screenshots do celular é formada por todo tipo de indicação vindo de pessoas que eu sigo: restaurantes, filmes, vinhos, produtos de beleza, livros, etc. E essa era a única informação que eu tinha sobre esse livro: um screenshot do snap (de alguém que eu não me lembro) com uma foto de sua capa. Não procurei sinopse, nem nada. Era como se algo me dissesse que eu precisava ler o que o Austin Kleon, o autor, tinha para dizer. Dias depois, aproveitei que estava no shopping, passei em uma livraria e comprei.
Sua leitura foi leve, gostosa, inspiradora e tão simples quanto a forma como o livro chegou até mim. Cerca de 3 horas depois, já havia terminado tudo e a minha sensação era de que aquilo que havia acabado de ler ia me acompanhar dali pra frente. E estava certa sobre isso.
Aqui, o termo “roubo” é usado de forma positiva, partindo da ideia de que nada é original – e que não há problema algum nisso.
O que um bom artista entende é que nada vem do nada. Todo trabalho criativo é construído sobre o que veio antes. Nada é totalmente original.
Está lá na Bíblia: “Não há nada de novo debaixo do sol”. (Eclesiastes 1:9)
(…)
Se estivermos livres do fardo de ser completamente originais, podemos parar de tentar contruir algo do nada e abraçar a influência ao invés de fugirmos dela.
Ele começa falando sobre como tudo o que criamos hoje é formado por fragmentos de nossas experiências: um filme ao qual assistimos, um lugar que conhecemos, uma conversa que ouvimos e por aí vai. E isso é libertador. O que fez com que eu olhasse o mundo à minha volta de forma diferente, como se fosse uma caixa com um número infinito de coisas para “roubar”.
Ok, e o que fazer a partir daí? O livro tem 10 dicas sobre criatividade, e entender a parte de que originalidade não existe é apenas o começo. Austin fala sobre como é importante sair da tela do computador, ir atrás de mais experiências, organizar seus espaço de trabalho e dividir o digital do analógico, entre outros muitos pontos interessantes. E, principalmente, ressalta que o que importa é fazer o que você gosta e compartilhar isso com os outros.
Roube Como Um Artista é um dos meus livros favoritos e ele não sai da minha mesa. Sabem aquele Minutos de Sabedoria? Então, é o que ele é pra mim. Em momentos em que minha criatividade falha, eu leio algumas páginas e pronto, me sinto mais inspirada de novo.
Dica Bônus: Roube Como Um Artista – O Diário
É um livro interativo com vários exercícios para estimular a criatividade. Ele também faz parte da lista de livros que não saem da minha mesa. Se você curtir o primeiro, vai amar esse também 🙂
Onde encontrar?
Coloquei aqui os sites onde encontrei os dois livros, inclusive a versão digital!
4 Comentários
Perfeito! Esse mês já compro os dois, rsrsrs. Continuem com os ótimos artigos. =)
Já quero!!
[…] uma das lições valiosas que aprendemos com Austin Kleon, em Roube Como Um Artista (falamos dele aqui), e aproveitamos para inserir um trecho de seu livro […]
[…] “Roube Como Um Artista. Nada é original… E tá tudo bem com isso”, análise do livro de Austin Kleon. […]