O que significa “felicidade” para você? Uma conta bancária gorda? Um carro novo? Um emprego novo? Alguns anos atrás eu me fiz essa pergunta. Para muitos, a minha vida parecia um conto de fadas. Ótimo emprego, fotos incríveis no Instagram e muitos sorrisos falsos. Ninguém via que eu não conseguia ter tempo para a minha namorada, vivia irritado, deitava pensando na emergência do dia seguinte e (por mais trágico que pareça) quanto tempo de vida ainda tinha pela frente. Muita gente fala em depressão e de como ela é imperceptível. Eu não considero que tenha chegado a este ponto, mas minhas crises de pânico/ansiedade e insônia mostravam que tudo estava no caminho certo… para a merda.
Antes de tudo, quero fazer uma confissão… sou um designer sem tatuagens. Sim, sou uma pessoa que trabalha com criação e possui a pele virgem e sem marcas de tinta permanente. O motivo? Algumas lendas dizem que é medo de agulha, outras falam em pressão familiar, a verdade é que sempre gostei de tatuagem, mas nunca tive vontade de fazer uma. Puro gosto… Coisa louca, não?
No entanto, um dos pontos que sempre me fascinaram na tatuagem é a história. Não digo apenas a história por trás de uma tatuagem, mas a tatuagem na história. Existem registros de mulheres com tatuagens no abdômen datados de 2160 a.C. Até mesmo Darwin chegou a afirmar que “maioria dos povos do planeta utilizavam algum tipo de tatuagem”. A verdade é que elas já foram proibidas (em 787, o Papa Adriano I baniu as tatuagens alegando que era coisa do tinhoso), já foram usadas – e são até hoje – pelo crime (o Império Romano marcava seus escravos e prisioneiros para identificá-los e a máfia japonesa, a Yakuza, ficou famosa por suas tradicionais tatuagens), mas hoje são verdadeiras artes em movimento. Com diferentes estilos, formas e representações.
Este é um texto da série Contos & Café, que dá as caras aqui no blog quando eu me sinto inspirada. Para ler outros textos desta categoria, clique aqui.
Nove e meia. Era domingo e ela ainda dormia. Pudera, depois de quase duas garrafas de vinho que tomamos na noite anterior. Mas o motivo era dos mais nobres: nós, que não achávamos que essa história ia sobreviver sequer até um segundo encontro, estávamos comemorando um ano de casamento.