Relacionamento

Como foi me apaixonar pelo meu melhor amigo – em 5 fases

Nem todos sabem, mas o Victor e eu éramos muito amigos antes de começarmos a namorar. Nós nos conhecemos em junho de 2008 e nosso primeiro beijo aconteceu mais de dois anos depois.

Nesse meio-tempo, nós vivemos a clássica história dos amigos que, em algum momento, se apaixonados um pelo outro. Pensando um pouco em como foi o “processo”,  percebi que ele teve várias fases e acho interessante compartilhar aqui.

Fase 1: Aproximação

No fim de 2008, o Vi me convidou para escrever para o Com limão e então começamos a nos aproximar. Nós ficamos bem amigos e eu confesso que me peguei pensando, algumas vezes, como ele parecia ser um cara que daria um bom namorado.

Fase 2: Negação

Algum tempo depois, ele terminou um relacionamento e ficamos mais próximos ainda. Nos falávamos várias vezes por dia e começamos a sair bastante. Foi aí que minha mãe percebeu a mudança e começou a falar aquela frase clássica: “isso vai dar em namoro”. Eu ficava brava, fazia cara feia e saía pela casa falando que “ele era só meu amigo”.

Fase 3: Constatação (ou então: momento “fodeu”)

No nosso caso, essa fase se dividiu em três partes: na primeira, eu já havia começado a ter “indícios de ciúmes” quando ele falava sobre alguma outra menina ou saía com alguém. Depois, nós estávamos em uma festa, eu bebi uma quantidade considerável de álcool e o agarrei no taxi de volta pra casa. E então, veio a hora da verdade: no dia seguinte, ele me pergunta se eu o beijei apenas porque tinha bebido ou se foi porque realmente gostava dele. E esse foi o primeiro momento em que parei para ter uma conversa séria com minha consciência. Ou eu voltava para a fase de negação e nós nos afastaríamos, ou eu admitia – pra ele e pra mim – que não gostava dele só como amigo.

Fase 4: Declaração

Então, depois de respirar fundo algumas vezes para tomar coragem, disse que sim, eu gostava dele.

Para minha sorte, foi recíproco.

Fase 5: Negociação

Depois do beijo e da declaração, nós precisávamos “sair para conversar”. Confesso que enrolei o Victor por quase duas semanas (isso é bem a minha cara, eu tenho um costume horrível de enrolar para resolver “pendências” ao invés de tirar tudo do caminho).

Trocar a tag amizade para namoro é uma coisa um pouco complicada de se fazer. Primeiro porque você, num primeiro momento, está acostumado a sentir um sentimento x por uma pessoa; e então, como num passe de mágica, se vê sentindo algo totalmente diferente. Depois porque você sente um medo muito grande de que esse novo “passo” não dê certo. É diferente de pessoas que se conhecem em um aplicativo de relacionamentos ou são apresentadas com a intenção de, futuramente, formarem um casal. Se o namoro dá errado, você perde o namorado e o amigo.

Por isso, nosso primeiro encontro oficial mais pareceu uma reunião, onde analisamos a situação e compartilhamos nossos medos. Conversamos tanto que pedimos uma pizza inteira e só comemos um pedaço cada um, o garçom até ficou assustado e perguntou se a pizza estava ruim. Em compensação, foram litros de coca-cola e água.


Olhando para trás, fico muito feliz ao ver que tudo deu certo e que todos os meus medos sumiram e deram lugar para um sentimento muuuito gostoso, lembranças de ótimos momentos juntos e grandes planos para o futuro.

Imagem destaque: Vladimir Kudinov

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