Inspiração

Como mantemos a inspiração por perto no dia-a-dia

Nós já falamos inúmeras vezes, mas é preciso frisar: inspiração não é algo que, necessariamente, aparece no momento em que você começa a trabalhar e some quando você termina seu expediente. A inspiração é algo que não tem hora para vir, nem ir embora. Mas é importante cuidar para que ela fique conosco o maior tempo possível.

Compartilhamos aqui, 3 coisas que nos ajudam a sempre manter essa energia renovada e os pensamentos fluindo (claro, não funciona 100% das vezes, mas é um hábito importante para nós, que produzimos conteúdo do momento em que acordamos, até a hora em que vamos dormir).

1. Medite

Não, nós não somos monges budistas, não somos pessoas super zen, nem nada. Existe uma ideia muito errada de que meditação é algo que apenas pessoas mais “naturebas” fazem. Pelo contrário, é algo que qualquer um pode fazer e que ajuda bastante num processo criativo.

Sabe aquela sensação de mente congestionada? É horrível, nós sabemos. E a meditação contribui para que isso seja evitado. Nós usamos o app Headspace (a Andressa fez um post bem completo sobre ele no mude.me), 10 minutos por dia, todos os dias, já é o suficiente para fazer com que os pensamentos fluam melhor.

2. Faça uma pausa para café e procrastinação!

Sim, você leu certo. Procrastine. Muitas vezes, ficamos focados na solução de um problema ou em alguma tarefa específica que precisamos fazer e nosso cérebro parece que vai virar um pudim! Pare, tome um café e procrastine por alguns minutos. É como voltar à superfície do mar durante um mergulho. Respire e volte. A última parte é muito importante: volte, hahahaha.

3. Saia da frente da tela

E, por fim, uma das lições valiosas que aprendemos com Austin Kleon, em Roube Como Um Artista (falamos dele aqui), e aproveitamos para inserir um trecho de seu livro aqui:

Minha cartunista favorita, Lynda Barry, tem esse ditado: “Em nossa era digital, não esqueça de usar suas digitais!” Suas mãos são os dispositivos digitais originais. Use-as.

Mesmo amando meu computador, acho que computadores roubaram o sentimento de que estamos verdadeiramente fazendo coisas. Ao invés disso, parece que estamos apenas batendo em teclas e clicando em botões de mouse. É por isso que o trabalho gerado pelo conhecimento parece tão abstrato. O artista Sanley Donwood, que fez a arte gráfica de todos os álbuns da banda Radiohead desde 1995, diz que computadores são alienantes porque colocam uma placa de vidro em qualquer coisa que esteja acontecendo. “Você nunca pode tocar de verdade o que quer que faça, a não ser que imprima”, diz Downwood.

Observe pessoas usando o computador. Elas ficam tão paradas, tão imóveis. Não é preciso de um estudo científico (e há vários deles) para dizer que sentar em frente a um computador o dia inteiro está matando você, e matando seu trabalho. Precisamos nos mover, para sentir que estamos fazendo algo com nossos corpos, não só com nossas cabeças.

Trabalho que vem só da mente não é nada bom. Observe um grande músico numa apresentação. Observe um grande líder numa palestra. Você entenderá o que quero dizer.

É preciso encontrar uma maneira de fazer com que nosso corpo seja parte do trabalho. Nossos nervos não são uma rua de mão única – nossos corpos podem dizer aos nossos cérebros tanto quanto nossos cérebros podem dizer aos nossos corpos. Sabe aquela frase, “pôr o corpo para trabalhar”? Isso é o que há de tão legal na criação: Se simplesmente começarmos a nos movimentar, se arranharmos um violão, ou embaralharmos anotações e recados numa mesa de reunião, ou começarmos a modelar barro, a ação dispara nosso cérebro e o leva a pensar.

[…]

O computador é muito bom para editar suas ideias, e é muito bom para deixá-las prontas para publicar e lançá-las ao mundo, mas não é muito bom para gerar ideias. Há várias oportunidades para pressionar a tecla delete. O computador estimula o perfeccionista perturbado em nós – começamos a editar ideias antes de tê-las. O cartunista Tom Gauld diz que fica longe do computador até ter feito a maior parte da elaboração para suas tiras, porque, assim que o computador entra em cena, “as coisas já se encontram no rumo inevitável da finalização. Enquanto no meu caderno de esboços as possibilidades são infinitas”.

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