No trabalho

Carreira: Como troquei o Teatro pela Publicidade

Na escola, eu era apaixonada por teatro, participava de todas as peças, escrevia meus próprios roteiros, adorava participar da produção de cada projeto. Por isso, a ideia de fazer com que meu “eu adulto” vivesse daquilo que eu amava parecia ser maravilhosa. Depois de muita resistência da minha família, me matriculei no curso de Educação Artística com habilitação em Artes Cênicas. E foi aí que tudo mudou.

Eu passei quase 10 anos da minha vida dentro do mesmo círculo de amigos; com alguma mudança ou outra, mas nada que me deixasse desconfortável com a necessidade de me aproximar mais dos outros. Na faculdade, precisei aprender a fazer amigos de novo e esse foi o meu primeiro impedimento. Todas as pessoas da minha turma já eram mais velhas, tinham bons empregos e a maioria estava na segunda graduação. Eu, com meus 17 anos, comecei a sentir que a faculdade de teatro não era a melhor escolha para aquele momento. Além de me achar nova demais para viver de arte, também passei a ficar desconfortável nas aulas: fazer faculdade de teatro é diferente de ensaiar para a peça da escola. Me sentia uma idiota fazendo coisas idiotas.

Pouco antes de começar o primeiro semestre no curso mais de humanas possível, o Victor havia me convidado para escrever para o Com limão. Comecei escrevendo sobre cultura e, mais tarde, estava indo a lançamentos de campanhas.

Foi amor à primeira vista.

Tranquei a matrícula, decidi que o teatro ficaria como um hobbie e prometi voltar depois – ainda não voltei, mas estou me organizando para isso. No ano seguinte, pedi transferência para o curso Publicidade e Propaganda. E eu, finalmente, senti que tinha me encontrado.

Foi difícil? Foi. Eu descobri que existe um grande caminho para chegar na parte em que a gente toma vinho frisante às dez da manhã no lançamento de uma campanha. Grande mesmo. Eu só faço isso quando estou do outro lado da história, como convidada pelo Com limão ou pelo Um Café Pra Dois. Hahahaha.

Foi chato? Na maior parte das vezes – inclusive, falei um pouco sobre isso aqui.

A faculdade não é um mar de rosas, mas ela é apenas uma minúscula fase da sua carreira. É só começo. Mas, sempre que pensei em desistir, não conseguia me imaginar fazendo outra coisa. E acredito que é isso o que faz com que a gente saiba que está no caminho certo.

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